Sua rede de dados está lenta ?
Pode ser INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA!
Vamos saber um pouco mais sobre um inimigo invisível que é a Interferência eletromagnética, também chamada de EMI. Esse problema é mais comum que imaginamos e é causada pela interferência criada da rede elétrica sobre a rede de dados e outras redes de comunicação e máquinas.
Ao criarmos uma rede de dados é muito importante que sejam observadas as normas técnicas para passar o cabeamento de dados e elétrica, pois caso os dois circulem juntos, você com certeza vai ter perda de pacotes ao trafegar seus dados.
A recomendação é que se observe a distância de 30cm entre a rede de dados e a elétrica, tudo isso porque o tráfego de energia gera um campo magnético ao seu redor, como se fosse um "campo de força" em torno do fio. O que acontece é que esse "campo de força" causa uma "confusão" nos dados que circulam na rede e por consequência levam a perda de dados de transmissão.
Vamos fazer um comparativo, imagine que você é o responsável por transferir uma determinada encomenda de um ponto até outro na cidade e você tem um tempo para fazer isso. Você verifica antes de sair qual o endereço e o caminho a seguir para chegar mais rápido até o seu destino. Assim seria fácil e rápido executar essa função, mas suponhamos que no meio do caminho você encontre pessoas que lhe dão referências erradas de como chegar ao seu destino e o trânsito está tão lento, fazendo com que você não consiga chegar ao seu destino até o tempo que foi determinado.
Da mesma forma ocorre com os dados da sua rede, eles trafegam com um tempo limite para chegar os dados do emissor da informação até o receptor da mesma. Esse tempo é conhecido como "Time Limit" e é o tempo máximo para que a operação de transferência dos dados seja concluida.
Passado esse tempo, o pacote é perdido, ou seja não mais será entregue no destino (Timed Out). Alguns programas estão definidos para que esse pacote seja direcionado novamente até que ele seja entregue, mas imagine se isso virar uma rotina. Até conseguirmos entregar esse pacote, muitos minutos se perderam e os outros pacotes que estão aguardando para serem transmitidos ficam na fila aguardando a sua vez.
Dependendo do tipo do programa, por exemplo os programas mais complexos e que trafegam uma quantidade muito grande de informações ao mesmo tempo, esse pacote pode se perder definitivamente, daí gerando travamento do aplicativo e sendo necessária a sua reinicialização.
Também é comum ocorrerem problemas de mensagens de travamento, porque antes de enviar, alguns programas se comunicam com o destino para saber se esses estão prontos para receber os dados, caso eles não estejam, simplesmente o programa pode informar que não é possível transmitir aquele pacote para o destinatário e o usuário recebe a informação que o destino dos dados está inacessível.
Em alguns casos há uma limitação física para a alocação dos cabos em separado, nesse caso, utilize o máximo de espaço que for possível para afastar os cabos elétricos dos cabos de dados. Se em alguns pontos eles estiverem muito juntos, não tem tanto problema, pois a probabilidade de ocorrerem interferências é pequena, o que não pode é eles ficarem o tempo todo juntos.
Também existem interferências em cabos não elétricos. Por exemplo, a interferência eletromagnética faz com que nossos rádios chiem quando nossos celulares estão perto demais, e algo similar deixa nossos televisores com chuvisco ou falhados. É o motivo pelo qual nós não devemos usar celulares em aviões, e também a razão de alguns de nossos cabos de telefone, carregadores de celular e cabos de monitor virem com esses "caroços" estranhos.
Esse calombo é chamado de módulo de ferrita. Ele é basicamente um controlador de ondas eletromagnéticas.
Se você abrir um desses calombos, não irá encontrar nenhuma engenhoca elaborada ou placas de circuito. Ao invés disso, você irá encontrar uma bola ou cilindro sólido feito de ferrita, que é magnético, e meio parecido com cerâmica.
A ferrita é feita de óxido de ferro (que é mais ou menos uma “ferrugem”) combinado com pelo menos um outro metal; ele é escuro, duro e quebradiço. Mas são as suas qualidades magnéticas que ajudam a eliminar as interferências.
Se você tiver um computador ligado a uma câmera, terá interferência eletromagnética (EMI) saindo de ambos os dispositivos. Isso poderia fazer com que o seu monitor sofresse leves interferências. Isso poderia fazer suas caixas de som chiarem, ou em casos muito extremos, ele poderia causar um caos no seu computador.
Nossos eletrônicos produzem corrente elétrica alternada e EMI. Se ficasse livre, o cabo saindo da sua câmera para o seu computador se comportaria como uma antena, recebendo e transmitindo ondas produzidas pelos outros aparelhos e provavelmente interferindo em tudo. Ninguém quer comprar uma câmera digital que interfira com a tela do monitor. É aí que entra o módulo de ferrita.
Ele é responsável por acalmar as ondas EMI, basicamente assegurando-se que seus cabos não enviem nenhum sinal exceto na direção que devem enviar. Os átomos da ferrita permitem que o módulo seja um mediador, alinhando-os em direções diferentes. Esse arranjo funciona como um bloqueio de EMI. E esse bloqueio é mais eficiente quando está perto da fonte. Ele sempre estará entre um dispositivo que gera interferência e um outro que você não quer que sofra interferências.
Os calombos de ferrita são posicionados no final dos cabos porque o seu trabalho é pegar o ruído de um certo dispositivo e transformá-lo em calor. E o posicionamento mais perto da fonte faz com que o cabo pare de ser um receptor antes, dando um sentido para o módulo de ferrita.